MALDITO STRESS: O TELEMÓVEL

Na época em que vivemos, ninguém está livre do stress, é um facto. E, no entanto, sabemos que ele é o principal inimigo do nosso bem-estar. Não só o stress provocado pelo ambiente que nos rodeia, pela tirania dos horários, pela pressão do trânsito, pela competição profissional, pelas preocupações de diversa ordem, mas também os nossos “stresszinhos” particulares, que inventamos a toda a hora, muitas vezes sem motivo. Todos os avanços

tecnológicos que têm sido introduzidos na nossa vida e que deveriam contribuir para diminuir as preocupações, nós conseguimos transformar em novos e maiores motivos de stress. O telemóvel, por exemplo, que nos permite comunicar com quem quer que seja, em qualquer momento e em qualquer lugar: já pensou quantas vezes o transformou num fabricante de stress? Quantas vezes disse já: “Ele (ela) não atende! O que é que terá acontecido?”. Tenha calma. Ele (ela) pode estar sem rede, ocupado, sem som, num sítio onde não possa atender! “Então por que não manda um sms? Não, alguma coisa aconteceu!” Em 99% das vezes, não aconteceu nada, para além de uma distracção momentânea. Mas o stress já está instalado e, assim que conseguir ligação, lá vem um chorrilho de reclamações: “Não sei para que é que tens telemóvel!” “Não atendes, porquê?” “Não percebes que estava em pânico?” E a conversa já não se vai compor... afinal quem é que tem paciência para ficar a ouvir reclamações a toda a hora?!
E assim, esse instrumentozinho maravilhoso, que nos pode dar uma tranquilidade e segurança dignos da inveja dos nossos antepassados, passa a ser um instrumento diabólico, que aumenta consideravelmente o nosso stress.
Vá, diga lá: “Mas eu sou assim, o que é que hei-de fazer? Não posso mudar.” Não pode? Se calhar, pode! Lembre-se de que ainda há uma vintena de anos nem sonhava com telemóveis... e vivia. Procure controlar esses stress, que não lhe faz bem nenhum.

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